O valor da Copa das Confederações


A nova edição da Copa das Confederações, que começa neste sábado, dia 17, com a partida entre Rússia e Nova Zelândia, traz à tona vários temas sobre o torneio, entre eles a preparação do país sede para a Copa do Mundo do ano seguinte e o poderio das seleções que vão entrar em campo. Neste post, falo desses dois temas e também da história da competição.

Campeão nem sempre significa sucesso
O título da Copa das Confederações costuma ser valorizado demais e, em minha opinião, mais do que deveria. Se trata de um torneio preparatório e é com esse viés que deve ser levado em conta pelos participantes. O caso mais emblemático da história é do Brasil de 2005, que fez uma Copa das Confederações espetacular e foi campeão com um sonoro 4 a 1 sobre a Argentina (vídeo abaixo). O excesso de confiança colocado ali certamente influenciou todos que chegaram à Copa do Mundo de 2006. O Brasil chegou como superfavorito, não mostrou um bom futebol e não passou das quartas de final. Com um time menos qualificado, em 2013, o Brasil fez uma ótima final contra a Espanha, venceu e muitos se esqueceram dos problemas do time, evidenciados na Copa de 2014.




Alemanha em preparação
A Alemanha, que já disputou duas edições do torneio e chegou ao terceiro lugar em 2005, já entendeu melhor a função da competição. Leva para a Rússia uma equipe sem tantos titulares, mas com muitas promessas, inclusive jogadores que atuaram nas Olimpíadas do Rio no ano passado. Momento ideal para observar atletas e pensar no futuro. Vencer a Copa das Confederações não é prioridade para a Alemanha. Se não vencer, não vai ter crise. E vai entrar forte na Copa de 2018 do mesmo jeito. Aliás, não custa lembrar: nenhum campeão da Copa das Confederações foi campeão mundial no ano seguinte.

Teste para a Rússia
A Rússia, que não se destaca em competições internacionais há muito tempo, não tem uma equipe de alto nível, mas vai usar o fator casa para tentar apresentar um melhor futebol. O que vier é lucro. Fora de campo é que vai acontecer o teste mais importante. Apenas quatro estádios vão ser utilizados, alguns deles com preços exorbitantes para construção ou reforma. Assim como em 2013, no Brasil, boa parte da população não concorda com os valores gastos para levar ao país a Copa das Confederações e a Copa do Mundo. Protestos já foram realizados nas ruas russas. Teste de peso para o país.

Estreantes e curiosidades
• Além da Rússia, país sede, disputam pela primeira vez o torneio Portugal, campeão europeu, e Chile, campeão sul-americano. 
• A Austrália vai ser o primeiro país a disputar o torneio por duas confederações diferentes. Geograficamente, pertence à Oceania e já representou este continente. Hoje, futebolisticamente, pertence à Ásia e será o representante asiático no torneio. 
• Com isso, a Oceania geográfica terá dois representantes: Austrália e Nova Zelândia
• A Europa vai ser a recordista de participantes em uma mesma edição: 3. Rússia (país sede), Alemanha (atual campeã do mundo) e Portugal (campeão europeu).
• O México é o único participante desta edição que já foi campeão, em 1999.
• 30 seleções já participaram da competição. O Brasil é o recordista de participações, com 7. O México vai igualar esta marca neste ano.

Grupos e títulos
O grupo A é formado por Rússia, Nova Zelândia, Portugal e México. O B por Camarões, Chile, Austrália e Alemanha. Os dois primeiros colocados se classificam para a semifinal, quando o primeiro de um grupo enfrenta o segundo do outro. O torneio começa neste sábado, dia 17, e termina no dia 2 de julho.
O Brasil é o maior campeão da competição, com quatro títulos (1997, 2005, 2009 e 2013). A França venceu em 2001 e em 2003. Argentina (1992), Dinamarca (1995) e México (1999) têm um título cada.

As camisas das seleções
Em meu canal no YouTube mostrei as camisas das seleções participantes do torneio e mais curiosidades sobre a Copa das Confederações. Veja o vídeo abaixo e se inscreva no canal (YouTube.com/FredericoJota).


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