Especial Libertadores - A estreia do novo time da Chape e o difícil grupo com Lanús e Nacional, do Uruguai


Ainda em fase de reconstrução, a Chapecoense estreia na Libertadores nesta terça, dia 7, bem longe de casa. Encara o Zulia, da Venezuela, às 21h45. A Chape não terá moleza em sua primeira participação na competição. No grupo 7 ainda terá pela frente o Lanús, campeão argentino de 2016, e o tradicional Nacional, do Uruguai. O clube catarinense garantiu sua vaga direta na fase de grupos com a conquista da Copa Sul-Americana do ano passado. 

A Chapecoense já entrou em campo neste ano por duas competições. No Campeonato Catarinense, ficou em segundo lugar no primeiro turno, a quatro pontos do Avaí. O ataque da Chape teve um desempenho discreto nesta etapa do estadual, com 13 gols em nove jogos. Já a defesa sofreu apenas 8 gols. Na Primeira Liga, competição pela qual chegou a usar a equipe reserva e até mesmo jogadores da base, foram dois empates em três jogos - desempenho que eliminou o clube logo na primeira fase.

Elenco

Assim como fez nos últimos anos, a Chapecoense montou um elenco recheado de jogadores rodados com passagens em vários clubes de ponta do país, com apoio de garotos revelados em Chapecó. Dessa forma, o clube galgou divisões no cenário nacional, se estabilizou na Série A e venceu dois estaduais (2011 e 2016) - no total, já conquistou cinco Catarinenses. 

A tragédia na Colômbia no ano passado fez com que o clube entrasse em um processo de reconstrução e, obviamente, vai demorar para que a equipe de Vágner Mancini ganhe uma cara e um estilo de jogo definido. O elenco tem jogadores experientes, como o goleiro Artur, os laterais Apodi e Diego Renan e os atacantes Wellington Paulista e Túlio de Melo. Jogadores mais novos com passagem em grandes clubes poderão ser úteis ao clube, como os volantes André Girotto e Luiz Antônio e o meia Dodô. Se conseguir dar em um curto prazo de tempo um padrão de jogo ao time, Vágner Mancini pode colocar a Chapecoense no mata-mata continental. É difícil vencer a equipe em Chapecó e o time não terá uma pressão absurda para se classificar, o que será favorável.

História na Libertadores

A Chapecoense disputa pela primeira vez a Libertadores. Até aqui, a experiência do clube de Chapecó na América de Sul se resume às duas boas participações nas últimas edições da Copa Sul-Americana. Em 2015, chegou às quartas de final e foi eliminada pelo River Plate, então campeão da Libertadores. No ano passado, em uma saga histórica, que incluiu classificações contra os tradicionais Junior de Barranquilla e San Lorenzo, a equipe se classificou para a final, que, infelizmente não foi disputada.

Os adversários

Lanús

Adversário mais complicado desta primeira fase para a Chape. Campeão argentino de 2016, o Lanús ocupa atualmente a 6ª posição no torneio deste ano (que está parado). O Lanús vai disputar sua sexta Libertadores, competição na qual nunca foi muito longe. Apesar disso, o clube tem em sua galeria duas taças sul-americanas. Foi campeão da Conmebol em 1996 e conquistou a Copa Sul-Americana em 2013. O veterano atacante Sand, que já defendeu o Vitória, está em sua segunda passagem pelo clube e é o nome mais conhecido do elenco.

Nacional
Quando se fala de Nacional, difícil escapar do clichê. Tricampeão da Libertadores (tá certo que a última vez em 1988), o clube é tradicionalíssimo e muito acostumado a jogar a competição. Mesmo sem ser um super time, é sempre complicado derrotar a equipe, especialmente em seus domínios, no acanhado Parque Central. Campeão uruguaio em 2016, o Nacional vai disputar "apenas" sua 45ª Libertadores. Neste ano, três vitórias em três jogos pelo campeonato nacional. O lateral Fucile, que já defendeu o Santos, e o experiente meia Arismendi são os destaques.

Zulia
Clube mais novo e mais desconhecido do grupo, o venezuelano Zulia, fundado em 2005, foi campeão da Copa da Venezuela e vice-campeão nacional em 2016. Vai disputar sua primeira Libertadores. O clube, situado em Maracaibo, a 700 quilômetros de Caracas, tem como grande destaque o meia Arango, 36 anos, que já defendeu clubes como Mallorca (Espanha) e Borussia Monchengladbach (Alemanha). Atualmente está em quinto lugar no Campeonato Venezuelano.

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